Uma editora clandestina
Venho
trabalhando numa ideia excêntrica nos últimos meses, entre muitas outras ideias
excêntricas que vez ou outra costumo ter, que consiste em fundar minha própria
editora. Justifico esse lapso criativo através de evidencias simples: sou uma
incógnita no meio literário, não possuo capital financeiro ou simbólico, não
faço parte de grupos literários em evidência, ou cultivo aproximação afetiva
com escritores expressivos no cenária literário atual, e mais dramático-irônico
não possuo um público leitor ávidos por um subsequente lançamento ou pelos devaneios
que transcrevo (e talvez não venha a ter). Mas não posso reclamar, pois
consegui construir e solidificar, ao longo doas anos, atualmente completando
duas décadas e meia, um trabalho artístico literário, conhecer outros autores,
alguns cultivo amizade, além de descobrir uma relativa vocação em áreas que
toquem a afeição para o criativo. Mas voltemos a possível editora. Se chamará “Imaginosférico
editora” em alusão a este blog, que talvez já tenha completado 12 anos de
existência (me foge uma exatidão), um projeto que na época era desprovida de
qualquer pretensão. Tenho a disposição um computador (bem defasado), uma
impressora (muito defasada), papeis de vários tipos, inclusive os mesmos tipo que
as editoras convencionais utilizam, e software para diagramação e edição. Percebi
que serias possível o próprio autor ser, além de escrever, diagramador e
editar, produzir a arte de capa, fazer ajustes se necessário, imprimir e
confeccionar seu próprio livro. Quanto a revisão poderá ser contratado os
serviços de revisores ou os trabalhos ficaria a critério do autor. " 2022- acrílico sobre papel - Edson Moura
Dentro das perspectivas de um possível sucesso, prefiro acreditar que a editora já nasça aleijada pelas lógicas do fracasso, mas um fracasso consciente, eliminado assim, possíveis sentimentos de decepção, típicos daqueles que cultivam esperanças ingênuas. Declaro que a editora “Imaginosférico”, editora clandestina, conceito que faço uso para diferencia-la dos outros conceitos de editora (alternava, independente e etc) é fundada dentro de características próprias, visto que não disponho, por enquanto de recurso financeiros ou humano para poder produzir qualquer trabalho editorial usando os caminhos convencionais. Terei a liberdade de estipular os valores, optando pela preferência do menor valor possível, cerca de quatro a cinco vezes menos do que aqueles que outras editoras cobram. Custos para confeccionar os livros serão mínimos e as tiragem, a parte que poderias causar alardes ou preocupação de qualquer tipo, comungaria com a demanda: um, ou dois, ou três, ou quatro exemplares. Seguindo os critérios dos interessados que adquirir algum. Posso optar, futuramente, em disponibilizar copias digitais, mas ainda acredito nos formatos físicos. Ter um livros exposto na estante, ou em qualquer superfície do lar ainda é uma das melhores formas de demostras o nosso apresso pelas inquietudes que a literatura pode nos proporcionar. Espero que a editora “Imaginosférico” consiga ser o fracasso que se dispôs a ser desde sua concepção. Somente assim ela terá o sucesso almejado.
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