Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2014

O Exílio de Babel

Imagem
              Em “O Exílio de Babel”, de Ângelo Monteiro, percebemos traços metafísicos é só um dos principais ingredientes de sua arte poética, carregada de existencialismo, cuidadosamente lapidada com a formar do soneto clássico, isso, contudo, sem deixar de ser um contemporâneo. Em “O Exílio de Babel” temos escopos filosóficos em forma, de sonetos. Todos compactados. Um atento aforista em busca da condição humana, para, enfim, condiciona-la em ânforas poética. Notadamente, no que tange o fenômeno literário, sua reação estética, é encontrar o ponto de equilíbrio de seu discurso e os elementos linguísticos que servem para alçar a atenção o garimpeiro de construções semântico-sintático do texto conciso e rico em criatividade em metalinguagem, e logo na estirpe de sua obra isso se manifesta: “Ah! o exílio da alma em qualquer língua E a palavra atingida sempre aquém. As bocas de água viva estão à mingua E a poesia não morre por ninguém. Floresce o nada em todos os

Microf(r)icções

Imagem
Quando em fim, comecei a ler com olhos e mente voltados para a experiência imaginária de ler os microcontos que tesem as paginas de “Microf(r)icçôes”, de Janaison Macedo Luiz, percebi o grande ponto chave da micronarrativa: a concisão, em poucos caracteres, que a criatividade do escritor para concatenar enredo, trama, histórias, narratividade; o subtexto, ou intertexto, os ápices de uma situação do cotidiano, um retrato (ou autorretrato). Sim com quantidade mínima de caracteres pode prender o leitor atento e sensível em uma gama considerável de tempo, construindo os elementos percebidos por ele próprio. Não só como crítico, mas também com produtor de textos ficcionais, tomei gosto pelas micronarrativas:     “Encontro  Fui de encontro ao muro. E ao encontro da morte.” O foco narrativo sempre adequando-se ao estilo dos personagens. Começo e desfecho para cada história. A Flash Fictions, com toda carga do finais trágicos nos quais costumam prender os leitores, a dei

O Ciclista

Imagem
                  Em “O Ciclista”, do escrito e ilustrador Walther Moreira SantosHistória narrada pela Edgar, que conta suas lembranças, vivências e planos sobre Ceres, Caio e o veio narrativo que alça o leito desde a estirpe do romance: o ciclista. Caracteriza-se pela intensidade dos momentos internos dos personagens, a própria subjetividade entra crises e descobertas. O espírito, perdido no labirinto da memória, o autora usufrui de elementos narrativos e linguísticos concisos e, ao mesmo tempo, no que tange a pisque dos personagem, uma descrição minuciosas, uma narrativa carregada de sinestesia, onde os sentidos se fundem com o próprio , próprios das estruturas poéticas:          “Tão logo o Ciclista entre, começa a chover. Às vezes acontece. De repente, uma tarde límpida, uma tarde atípica. Carregada de um frio que, de tão agradável, dir-se-ia morno. Uma tarde retirada de um outono de um país do leste. Coisas dessas cidades sem estação definida”               Um