As memórias do centauro
Dos muitos flagelos que nos perseguem, o ato inconsciente da comparação com os outros sempre foi, é e será uma constante a ser ressignificada. Vista a violenta desolação que essa postura pode provocar quando reagimos de alguma maneira, é sempre pertinente lembrar dos episódios que tive a oportunidade de vivenciar. Acho que não foram poucas as vezes que relatei e que, assim como hoje, continuarei relatando casos em que me deparei com as barreiras simbólicas, invisíveis, que se manifestam no discurso coloquial falado e que, em muitos casos, não conseguimos detectar. Faço isso exaustivas vezes, quase uma obsessão em tom de patologia. Tudo o que é intangível e, em seus significados, nos escapa ao toque, de alguma maneira afeta nossa percepção sobre a maneira como somos interpretados. Não deveria isso fazer tanta diferença, mas, de uma forma ou de outra, nos afeta, excluindo o que verdadeiramente somos. A casualidade ...