Estruturas "bem" estruturadas
Costumo revisitar os livros na mesma proporção que revisito minhas memórias. Reler livros sempre foi um hábito, bons livros, aqueles que nos provocam algum tipo de desconforto, estes sempre merecem uma revisita, corriqueiramente, ou por curiosidade, minha escolha e minha opção. Entretendo, quanto as memórias, estas são evocadas sem que as tenha chamado. São intrusivas, semelhante a uma criatura no qual desconheço qualquer método para doma-la. Todas as ocasiões que tentei adestra-las conscientemente, elas retornam com mais força, vivas, prontas para estraçalhar minha quietude. Folheando as páginas de “O poder simbólico”, do tão conhecido Pierre Bourdieu. Livros que nos trazem uma espécie de “raio x” de como as relações são construídas, ou melhor como estas relações (estruturas) já encontram devidamente cristalizadas (estruturadas) desde antes do nosso nascimento. Nos restando apenas ‘cair de paraquedas’ e, assim, nos moldarmos a essas “regras do campo”, assimilado